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Nunca devemos subestimar os procedimentos cirúrgicos, por mais corriqueiros que parecem e por maior que seja a nossa experiência. A Mila é um exemplo vivo de que todo cuidado é pouco.Essa é Mila, linda SRD de uma funcionária nossa que vive com ela desde filhote e que nunca tinha apresentado nada de diferente. Extremamente saudável, ativa e brincalhona.

Agora com 4 anos de idade ela resolveu castrá-la e fizemos todos os exames pré operatório padrão para um animal saudável e jovem.

Realizamos um exame físico com auscultação cardio respiratória, um eletrocardiograma, hemograma/plaquetas e perfil renal (ureia e creatinina). Ela então fez jejum e todos cuidados pre cirúrgicos e foi submetida a anestesia geral inalatória com monitorização para a cirurgia de castração, tudo correndo sem intercorrências.

Depois que terminou a cirurgia, a Mila começou a ficar cianótica (língua azulada) e a respirar com padrão diferente,mesmo ainda entubada. Ela não foi retirada do oxigênio e fizemos um Rx de tórax, quando para nossa surpresa descobrimos que ela tinha um Hérnia Diafragmática de origem traumática – provavelmente algum acidente no decorrer da vida dela que ninguém percebeu nada de diferente.

Ela teve que voltar para o centro cirúrgico para a cirurgia de correção da hérnia diafragmática com reposicionamento do fígado e parte do estômago que estavam junto ao pulmão comprimindo-o e levando-a apresentar dificuldade respiratória que se manifestou com a manipulação cirúrgica.

Depois da cirurgia, tivemos que colocar um dreno torácico no pós cirúrgico imediato e ela ficou internada por alguns dias para drenagem de liquido torácico e controle pós cirúrgico.

Esse incidente mostra que se não tivéssemos uma estrutura hospitalar possivelmente teríamos perdido a Mila em um acidente trans cirúrgico, mesmo sendo jovem e assintomática, na realização de um procedimento cirúrgico eletivo e relativamente sem riscos.

MANDAMENTOS PARA MINIMIZAR OS RISCOS CIRÚRGICOS:

– Avaliação física de todo animal antes do procedimento cirúrgico.

– Realização de exames avaliação da função cardíaca como eletrocardiograma, ecocardiograma, pressão arterial sistêmica de acordo com a avaliação clinica do médico Veterinário.

– Exame de sangue de hemograma e plaquetas e função renal. Outros exames na decorrência do diagnóstico, comorbidades e idade do animal.

– Jejum de água e comida prévios.

– Uso de anestesista e anestesia geral inalatória.

– Monitorização de função cardíaca, respiratória, pressão e oxigenação do paciente durante a cirurgia.

– Ambiente hospitalar de apoio como UTI, ventilação,laboratório, rx, ultrassom e corpo clínico auxiliar treinado.

– Hospitalização no pós cirúrgico imediato de 24 horas para todos os pacientes,se estendendo para pacientes críticos , geriátricos e cirurgias mais complexas ou que requeiram repouso como cirurgias ortopédicas e de coluna.

– Conscientização dos proprietários que os cuidados se estendem pelos próximos 7 a 10 dias, com repouso, medicações, colar protetor e curativos.

– Observação cuidadosa do proprietário quanto à ingestão de comida, sinais de dor ou desconforto, vômitos, diarreia ou alteração de comportamento do animal.

– Retornos periódicos até a retirada de pontos e ou alta do animal.

– Saber o que mudará na vida do animal depois da cirurgia em decorrência do procedimento.

Esses cuidados, vão garantir minimizar os riscos e garantir que você desfrute da companhia do seu animal por muito anos com saúde e segurança.

 

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